Sexta-feira, Abril 26, 2024
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Lars von Trier, Terry Gilliam, João Salaviza, Nury Bilge Ceylan são acrescentos de luxo em Cannes

Já era previsto e fora aqui anunciado – Lars von Trier regressará a Cannes, com a exibição, fora de competição, do filme The House That Jack Built, com Matt Dillon e Uma Thurman. Ao fim de sete anos, cumpriu-se assim a ‘pena’ de exclusão motivada pelas declarações polémicas do realizador durante a conferência de imprensa do filme Melancholia, em que o cineasta dinamarquês mostrou simpatia e compreensão pela pessoa de Adolf Hitler. Enfim, polémicas e episódios tristes que acabam por ser sanados em nome da arte e da liberdade.

O fim aparente de outra polémica tem também o seu epicentro em Cannes, com o anúncio da escolha para a sessão de encerramento do malfadado projeto de Terry Gilliam, The Man Who Killed Don Quixote, com Adam Driver, Jonathan Pryce et Olga Kurylenko, o tal filme parcialmente rodado em Portugal e que sofreu complicações processuais com o produtor Paulo Branco, anteriormente ligado do projeto, que entretanto passou para outra co-produção, com a participação da portuguesa Ukbar Filmes, de Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola. Em breve aqui, as entrevistas realizadas em Tomar com Terry Gilliam, a produção e o cast de Quixote. No entanto, registe-se que essa divergência não está ainda totalmente dirimida e teremos de esperar por uma decisão definitiva da justiça francesa agendada para o dia 17.

O festival informa ainda que logo após a sua projeção na sessão de encerramento no dia 19, o filme estreará em França no mesmo dia.

A secção de competição integrará ainda The Wild Pear Tree, do turco Nuri Bilge Ceylan, que foi Palma de Ouro em 2014 com Winter Sleep.

Entretanto, saudemos também a presença de João Salaviza, com o seu documentário Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos, na secção Un Certain Regard, sobre uma comunidade indígena do Brasil, co-realizado com a cineasta brasileira Renée Nader Messoa. Ele que se reúne a Gabriel Abrantes, com Diamantino, presente na Semana da Crítica, e  Duarte Coimbra, com a curta Amor Avenidas Novas.

À seção In Certain Regard juntam-se ainda Donbass de Sergey Loznitsa, a abrir a secção. Nas sessões da meia-noite surge Whitney, o documentário de Kevin Macdonald sobre Whitney Houston, bem como Fahrenheit 451, de Ramin Bahrani, sobre o romance de Ray Bradbury, já depois da versão de François Truffaut.

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