Terça-feira, Março 19, 2024
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Claude Sautet recebe merecida retrospectiva em San Sebastian

Para a retrospectiva da 70ª edição do SSIFF, teremos o cinema de Claude Sautet (1924-2000), o cineasta que soube, como poucos, retratar a sociedade francesa do pós-guerra, em particular, nos anos 70. Em nada menos que 13 longas metragens que acompanham o seu percurso quase completo, entre 1956 e 1995.

Fica apenas de fora a sua curta inicial (Nous n’irons plus au bois, de 1951), além de um filme cuja realização não foi creditada (Le fauve est cachê, de 1959) e ainda o policial Contra Todos os Riscos/Classe Tous Riques, de 1960, com Lino Ventura, Sandra Milo e Jean Paulo Belmondo, no filme que fez depois de O Acossado, de Godard.

Com particular relevo, a sua carreira durante a década de 70 e, em particular, depois de descobrir Romy Schneider, a sua actriz favorita e com quem haveria de captar a proverbial beleza em cinco filmes, acabando mesmo por inverter uma carreira em certo declínio. Os filmes que iremos ver são, naturalmente, As Coisas da Vida (1970), com Michel PiccoliO Estranho Caso do Inspector Max (1971), César e Rosália (1972), Os Inseparáveis (1974) e Uma História Simples (1978). Teria ainda uma relevante colaboração com Emanuelle Béart, nos seus últimos dois filmes, o drama emocional Um Coração no Inverno (1992), com Daniel Auteuil e ainda Nelly & Monsieur Arnaud, em 1995.

Esta retrospectiva é organizada em colaboração com Filmoteca Basca, conforme informa o press release do festival. E que será complementada pelo livro Conversations with Claude Sautet, um conjunto de entrevistas com o realizador Michel Boujut, aqui numa versão traduzida para inglês.

De referir ainda que essa monografia foi inicialmente editada pelo Institut Lumière / Actes Sud em 1994, tendo uma versão final em 2014, comentada por Thierry Fremaux, director artístico do Festival de Cannes e do Institut Lumière, bem como pelo actor Daniel Auteuil. E ainda com um epílogo assinado pelo grande Bertrand Tavernier.

A actual versão é acompanhada por um texto de Quim Casas, o habitual crítico espanhol e membro do comité de selecção do festival de San Sebastian Festival, colocando esta retrospectiva de Sautet no contexto espanhol e do festival.

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