Quarta-feira, Abril 24, 2024
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Berlinale: O cinema luta contra a pandemia. Com Portugal bem representado

O 71º Festival Internacional de Cinema de Berlim começa esta segunda-feira, dia 1 de Março. Não no formato habitual, devido à actual crise sanitária, mas em duas etapas: a primeira, arranca agora, com uma segunda parte (já com público) – lá mais para o verão, em Junho.

Uma vez mais, Portugal está bem representado.

No outono passado, o Festival de Cinema de Berlim enviou convites à imprensa, informando-os de que testes ambiciosos e taxas de ocupação limitadas seriam um pré-requisito para a edição deste ano da Berlinale. No entanto, devido à deterioração da situação epidemiológica, ficou fora de questão realizar a revisão no formato usual.

Ao contrário do Festival de Cannes, que não equaciona uma deslocação para o espaço virtual, Carlo Chatrian e  optou pelo formato online. Assim, todas as grandes exibições serão realizadas para a imprensa, produtores e distribuidores credenciados na Internet por cinco dias.

Em Junho, de 9 a 20, está prevista a realização de projeções offline e uma cerimônia de entrega de prémios. No entanto, saberemos os nomes dos laureados já na sexta-feira, pois o júri também trabalha online.

Este ano com um júri de peso na secção competitiva, já que é constituído apenas por cineastas vencedores do Ursos de Ouro da Berlinale em diferentes anos.

São eles o iraniano Mohammad Rasoulof (O Mal Não Existe, estreado em Portugal em Dezembro do ano passado), o mais recente vencedor. Fazem igualmente parte do jurado o israelita Nadav Lapid (Sinónimos), a romena Adina Pintilie (Não Me Toques), Ildiko Enyedi (Corpo e Alma) da Hungria, o italiano Gianfranco Rosi (Fogo no Mar) e Jasmila Zbanic (Grbavica), da Bósnia e Herzegovina.

Eles terão que escolher entre quinze pinturas, entre elas – novos filmes de Hong-Sangsoo (Introduction), Radu Jude (Bad Luck Banging or Loony Porn) e o actor germânico Daniel Bruhl, a estrear-se como realizador, com Next Door.

Portugueses (online) em Berlim

Joacine em ‘Mudança’

Uma vez mais, o festival de Berlim serve de montra para mostrar diversas produções (ou co-produções) portuguesas. Diogo Costa Amarante participa uma vez mais com uma curta (Luz de Presença), sobre a particular relação de um jovem acidentado de moto com Diana. Já Susana Nobre mostra no Fórum No Táxi de Jack, sobre as peripécias de um ex-emigrante à beira da reforma.

No Forum Expanded será a vez de vermos Joacine Katar Moreira no filme-dança de Welket Bungué, Mudança. Passam ainda 13 Ways of Looking at a Blackbird, de Ana Vaz, e a coprodução com a Áustria Night for Day, de Emily Wardill.

O prestigioso Berlinale Talents receberá irá apreciar os trabalhos do documentarista Paulo Carneiro (Bostofrio) bem como de David Pinheiro Vicente (O Cordeiro de Deus).

 

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