Sábado, Abril 20, 2024
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O cinema resistente de Filipa César e a curta de Jorge Jácome competem no Zabaltegi-Tabakalera em San Sebastian

A primeira longa metragem da portuense Filipa César, Spell Reel, bem como a curta de Jorge Jácome, Flores, fazem parte da secção competitiva para o prémio Zabaltegi-Tabakalera, no 65º festival de San Sebastian, que decorre nesta cidade do País Basco de 22 a 30 de setembro. A secção que inicia com a exibição de The Square, do sueco Ruben Ostlund, vencedor da última Palma de Ouro de Cannes, integra ainda obras de Hong Sang-Soo, Frederik Wiseman ou Raymond Depardon.

Depois da sua passagem no festival de Berlin, em fevereiro passado, na secção Fórum Expanded, Filipa César vê reconhecido o seu trabalho de pesquisa do arquivo de imagens dos tempos de luta da Guinè-Bissau, entre meados dos anos 60 até 1980, que tem vindo a ser compilado no work in progress Luta Ca Caba Inda (a luta ainda não acabou). Em Spell Reel viajou pela Guiné na companhia de Sana na n’Hada, numa espécie de cinema itinerante dando vida aos fragmentos sobreviventes dos filmes rodados nesse período.

Já a curta de Jorge Jácome, Flores, recebe também esse convite para integrar a secção que se tornou competitiva apenas o ano passado, curiosamente onde João Pedro Rodrigues participou com o seu O Ornitólogo. Filmado em São Miguel, nos Açores, Flores é um filme dominado pela atmosfera lilás, supostamente de uma praga de hortênsias que acabou por cobrir todo o arquipélago e motivou mesmo a evacuação da população e também a auscultar o apego à terra da população.

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