Sábado, Abril 20, 2024
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Bong Joon Ho sobre Okja: “A Netflix nunca interferiu ou influenciou a produção”

Com Okja, o realizador sul-coreano decidiu levar para o universo juvenil uma combinação do cinema de ação com uma criatura, de certa forma trilhando um caminho de estilo diverso daquele que em 2006 gerou The Host – A Criatura e que o afirmou como um dos nomes emergentes do cinema do seu país. Falámos com ele em Cannes após a exibição da Seleção Oficial do seu filme que acaba por ser disponibilizado no serviço Netflix.

De certa forma, Bong considera mesmo, com algum humor, que Okja é uma espécie de Criatura 2Mas na verdade, fiz este filme também porque queria mostrar melhores efeitos visuais, explica. O The Host – A Criatura era mais um filme scary monster, mas com Okja pretendemos criar um monstro mais simpático.

Sendo que a intenção foi criar uma criatura que conseguisse emocionar as pessoas. Em grande parte um papel da responsabilidade da equipa de efeitos especiais e do animador Eric Dubois. Tentámos aproximar-nos da ideia de “criatura” de uma forma realista e também animalística, referiu. E menos o lado de cartoon do porquinho Okja. Tentámos emular no ecrã os verdadeiros sentimentos que temos com cães e gatos, com animais domésticos.

Quisemos ainda saber até que ponto a concessão e design do projeto não teria sido alterado com a entrada em cena da Netflix. Um aspeto que Bong rejeita já que quando a Netflix conseguiu confirmar o orçamento para o filme, o guião já estava concluído, explicou. Por outro lado, o design do Okja também já estava no fim. O Paul (Dano) e o Jake (Gyllenhaal) já estavam contratados, tal como a maior parte do cast. Ou seja, o conjunto do filme já estava praticamente finalizado. A Netflix nunca interferiu ou influenciou a produção. Apenas apoiaram a minha visão sobre o projeto.

 

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