Sexta-feira, Março 29, 2024
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Monstra: A Minha Vida de Courgette é o grande vencedor

Dificilmente A Minha Vida de Courgette, a pequena obra-prima do realizador suíço Claude Barras, que esteva em Lisboa a promover o filmesairia sem prémios da Monstra, o certame de animação animação para crianças que começou do passado dia 16. E como fazia parte da seleção competitiva acabou, sem surpresas, por vencer o Grande Prémio Monstra, bem com o Prémio do Público, na cerimónia que decorreu ontem, dia 25, no Cinema São Jorge. Quem não o viu e não quiser esperar para a estreia, apenas prevista para maio, terá hoje a derradeira possibilidade de o ver, às 20h, São Jorge.

A Minha Vida de Courgette foi uma das mais saborosas revelações da última edição da Quinzena dos Realizadores, em Cannes, tornando-se inevitavelmente num pequeno fenómeno de culto, já que difícilmente o público adulto deixa de empatizar com esta animação stop motion que só os mais distraídos pensarão que é destinada a crianças. Trata-se, sim, de uma excelente trabalho de grupo que parte da adaptação extraordinária que Céline Sciamma fez do romance de Gilles Paris, que Barras animou de forma brilhante. Aqui se vivem os infortúnios de um conjunto de adolescentes num orfanato, numa narrativa que nunca cede à emoção barata e lacrimejante. Sim, este será inevitavelmente um dos filmes do ano!

No que diz respeito à competição portuguesa, o videoclipe É Preciso que Eu Diminua, de Pedro Sarrazina sobre o músico Samuel Núria, venceu o Prémio SPA Vasco Granja para o Melhor Filme Português. Já nas curtas, Periferia, de David Coquart-Dassault, recebeu o prémio Monstra Curtas, e na categoria de filmes com menos de dois minutos,  A Lenda de Stingy Jack, de Andreia Reisinho Costa, e Circuito de Bicicleta, do belga Jasmin Cedee, foram, respetivamente, as melhores portuguesas e internacionais.

Forma ainda atribuídos prémios ao filme japonês Olha Apenas Para Mim, de Tomoki Misato, na competição estudantil internacional, e Lugar em Parte Nenhuma, de Bárbara de Oliveira e João Rodrigues, para os estudantes portugueses. O russo Amoras, de Polina Minchenok recebeu o Prémio Monstrinha, o norueguês Ludovigo e Lugar – A Grande Corrida do Queijo (Melhor Filme para a Infância e Juventude), Window Horses – A Epifania Poética Persa de Rosie Ming (menção honrosa) e Louise à Beira-Mar (Prémio especial do Júri).

 

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