Em Wroclaw
São hoje conhecidos os vencedores da 29ª edição dos Prémios do Cinema Europeu, na cerimónia que decorre em Wroclaw (ou Breslávia na versão aportuguesada), uma cidade da Baixa Silésia, na Polónia, nas margens do rio Oder. Será esta a vez de Toni Erdmann, da alemã Maren Ade, ou Ela, do holandês Paul Verhoeven? Pelo menos, já ganharam em numero de nomeações, cinco para o alemão, três para o holandês. Isto depois de falhares os prémios em Cannes.
De um lado, temos a provocação de um pai que embaraça a filha como forma de a fazer sair da atitude formatada de executiva; do outro, um mulher que assume uma atitude dúbia com o seu agressor após ser violada. Interpretações elevadas do austríaco Peter Simonishek e de Isabelle Huppert, respetivamente, igualmente carimbadas com nomeação para melhores interpretações.
Ganhe quem ganhar, pode já dizer-se que se trata de uma edição de luxo do cinema europeu, sendo que quatro dos cinco eleitos vêm da Seleção Oficial do Festival de Cannes, ou seja, Ela, de Paul Verhoeven, Eu, Daniel Blake, de Ken Loach, vencedor da Palma de Ouro, como se sabe, Julieta, de Pedro Akmodóvar, todos estes já estreados me Portugal, para além de Toni Erdmann, da alemã Maren Ade, com estreia marcada para 16 de fevereiro. O outro é Quarto, do irlandês Lenny Abrahamson, o filme que deu o Óscar, o ano passado, a Brie Larson.
Infelizmente, As Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira, acabou por não passar ao lote final dos cinco eleitos, embora não deixe de ser um dos mais bravos filmes que o cinema europeu nos deu este ano. Isto depois de o ano passado, Vasco Pimentel ter vencido o prémio de desenho de som, por As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes.
Já as homenagens vão para Pierce Brosnan e Jean Claude Carrière.
